As redes sociais vieram para ficar, mas, no caso de condomínios de apartamentos, elas não são a melhor forma para síndicos se comunicarem com moradores.

A informação e a transparência na gestão de um condomínio são absolutamente essenciais, mas o uso de grupos de Whatsapp e comunidades no Facebook, por exemplo, podem causar constrangimentos e discussões sem fim, 24 horas por dia, com desgaste para o síndico, indisposições entre os próprios condôminos e pouca resolutividade.

Esses canais podem ser úteis para a troca de ideias e dicas entre os moradores do prédio, mas sem a participação do síndico, subsíndico ou membros do conselho consultivo. Entretanto, não devem ser usados como foro de discussão das questões relativas ao condomínio, que devem ser debatidas e votadas em assembleia.

Para informações sobre o dia a dia do condomínio, tais como interdição da piscina para limpeza, início de obras ou procedimentos de desinsetização, por exemplo, o melhor canal ainda são os avisos nos quadros dos elevadores. O e-mail também pode ser utilizado nesses casos.

Mas onde podemos reclamar?

No caso de reclamações sobre problemas no prédio, como piso do hall sujo, vizinhos que estacionam seus carros fora da vaga demarcada e outros, incluindo conflitos de vizinhança, é indicado o bom e velho livro de registros na portaria ou o envio de um e-mail para o síndico. Há, ainda, síndicos que fazem plantões presenciais alguns dias por semana em salas específicas do prédio. Esses horários podem ser usados pelos moradores para resolver as pendências.

Mensagens diretas para o número de Whatsapp do síndico somente devem ser usadas para questões urgentes. O síndico também pode usar seu Whatsapp ou o do condomínio, se houver, para fazer comunicados de última hora, como, por exemplo, a quebra do portão da garagem ou falta de água no prédio, entre outras situações.

As redes sociais podem e devem ser utilizadas para divulgação de atividades e eventos no condomínio, além de aumentar a interação entre os moradores. Mas as reclamações e interações com o síndico devem continuar sendo feitas das formas tradicionais.